Os cabelos são a
parte do corpo que a maioria das mulheres mais dá atenção, sempre buscando os
melhores produtos, os cortes mais adequados e os tratamentos mais modernos.
Toda essa vaidade existe porque os cabelos ajudam a desenhar o formato do rosto
e, dependendo do tipo, podem deixar com uma aparência mais leve, mais jovem ou
até mais magra.
Por todas essas
razões, perder os cabelos por causa de doenças autoimunes, de efeitos
colaterais no tratamento contra o câncer ou mesmo por acidentes, mexe muito com
a autoestima das mulheres. Além disso, quem é submetido a tratamentos médicos
como a quimioterapia, tem que ter paciência para lidar com os enjoos,
dificuldade para dormir e inúmeras outras alterações no organismo.
Para ajudar quem
perdeu os cabelos, algumas instituições beneficentes trabalham recebendo
doações voluntárias de perucas que destinam a pacientes com câncer.
E se os cabelos
fazem bem para quem os recebe, o mesmo vale para quem os doa. “Quando uma mulher perde os cabelos, uma
parte de sua vaidade vai junto com a queda. Quando esta perda é causada pelo
processo de quimioterapia, muitas vezes é a gota d’água para a paciente que já
enfrenta uma longa batalha pela vida. Mais do que uma peruca - que vai junto
com um lenço, maquiagem, livros e bijuterias, para dar um up na produção - nós
entregamos carinho, amor, solidariedade na forma de presente. É o mesmo que
estender a mão para alguém em um momento muito difícil. Isto faz toda a
diferença para que as mulheres resgatem sua autoestima e sigam confiantes no tratamento”,
afirma Marcelle Medeiros, presidente da Fundação Laço Rosa, no Rio de Janeiro.
As redes sociais
têm sido aliadas nesse tipo de ação. É através da internet que pessoas do mundo
todo divulgam doações e estimulam que outras copiem a atitude. Há, inclusive,
crianças mobilizadas em ajudar a causa.
Em menos de um ano
de existência, a Cabelegria, que faz doações de peruquinhas para crianças, já
beneficiou cerca de 40 pacientes. Eles recebem em média de 2 a 4 mil doações
por mês, mas são necessários muitos fios para fazer uma só peruca — por isso,
na hora de doar, quanto mais cabelo, melhor.
Conheça as
principais regras para doação de cabelos:
Homens também podem contribuir, assim
como pacientes que começaram a fazer a quimioterapia e resolveram cortar todos
os fios. As recomendações a seguir devem ser adotadas tanto por voluntários que
optam por fazer o próprio corte quanto os que farão em salão:
• Os
cabelos precisam ter, no mínimo, uma mão de comprimento (Cerca de dez
centímetros). Para cabelos repicados ou em corte “V”, é aconselhado que o corte
tenha, no mínimo, 15 centímetros;
• Ao
contrário do que muitos dizem, não importa se o cabelo é quimicamente tratado
(como escova progressiva ou permanente) ou tingido;
• Amarre em
um rabo de cavalo antes de cortar;
• Nunca
deixe os fios cortados tocarem o chão;
• Corte o
cabelo seco, em sua forma natural (sem chapinha ou escova);
• Coloque
em um saco plástico e envie ao endereço da instituição. Caso envie pelos
Correios, deve ser usado um saco plástico e os fios precisam estar secos;
• Caso
queira cortar no salão, avise previamente ao seu cabeleireiro que deseja doar e
peça para que ele separe com um elástico a ponta da raiz.
Não há restrição em
relação à cor ou tipo de cabelo, mas, quanto mais natural, melhor. Fios muito
descoloridos ou com dreads geralmente não são aceitos, pois a fragilidade deles
impede que sejam presos à base da prótese de forma correta.
FONTE: VENCER O CANCER e MULHER
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