quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Câncer de Pele - O que é e como prevenir

O que é o câncer da pele

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, 135 mil novos casos e o câncer da pele responde por 25% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil. O tipo mais comum, o não melanoma, tem letalidade baixa, mas os números alarmam os especialistas.
 
A exposição excessiva ao sol é a principal causa da doença. Nos Estados Unidos, a Academia Americana de Dermatologia estima que haja dois milhões de casos novos a cada ano.
 
A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Estas células se dispõem formando camadas e, de acordo com a camada afetada, definimos os diferentes tipos de câncer.
 
Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele.
 
A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento de tumores cutâneos, e a maioria dos casos está associada á exposição excessiva ao sol ou ao uso de câmaras de bronzeamento.
 
Apesar da incidência elevada, o câncer da pele não-melanoma tem baixa letalidade e pode ser curado com facilidade se detectado precocemente. Por isso, examine regularmente sua pele e procure imediatamente um dermatologista caso perceba pintas ou sinais suspeitos.
 

Como prevenir o câncer da pele

Evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação UV são as melhores estratégias para prevenir o melanoma e outros tipos de tumores cutâneos.
 
Como a incidência dos raios ultravioletas está cada vez mais agressiva em todo o planeta, as pessoas de todos os fototipos devem estar atentas e se protegerem quando expostas ao sol. Os grupos de maior risco são os do fototipo I e II, ou seja: pele clara, sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros. Além destes, os que possuem antecedentes familiares com histórico da doença, queimaduras solares, incapacidade para bronzear e pintas também devem ter atenção e cuidados redobrados.
 
A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda que as seguintes medidas de proteção sejam adotadas:
  • Usar chapéus, camisetas e protetores solares.
  • Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16h (horário de verão).
  • Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material.
  • Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou diversão. Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo.  Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar o produto no dia-a-dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço.
  • Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas.
  • Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo.
  • Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses.
 
 
Fonte: Portal da Sociedade Brasileira de Dermatologia

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

O que acontece com o seu corpo quando você para de fumar




O cigarro prejudica a saúde, a beleza e ainda diminui a qualidade de vida e  isso já não é uma novidade para mais ninguém. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), quando comparado a alguém que não fuma, o fumante tem risco dez vezes maior de desenvolver câncer de pulmão e cinco vezes mais chances de sofrer um infarto. Em mulheres, a combinação com a pílula anticoncepcional eleva em dez vezes o risco de derrame e infarto.

A boa notícia é que, se você parar de fumar agora, poderá sentir alguns benefícios imediatos e outros em longo prazo. Segundo o INCA, as alterações que seu organismo apresenta ao parar de fumar são:

- 20 minutos - A pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal.

- Duas horas - Não há mais nicotina circulando no seu sangue.

- Oito horas - O nível de oxigênio no sangue é normalizado.

- Entre 12 e 24 horas - Seus pulmões já funcionam melhor.

- Em dois dias - Seu olfato consegue perceber melhor os cheiros e você já sente melhor o sabor da comida.

- Três semanas - A respiração se torna mais fácil e a circulação melhora. Pele e cabelos começam a ganhar brilho.

- Um ano - O risco de morte por infarto cai 50%.

- Cinco a dez anos depois de largar o cigarro - O risco de sofrer um infarto é igual ao de pessoas que nunca fumaram.

De acordo com a pneumologista Christina Pinho, do Hospital São Vicente de Paulo, o cuidado com os chamados ‘gatilhos’ pode evitar recaídas em pessoas que desejam abandonar o vício: "Quem acabou de largar o cigarro deve se afastar de hábitos associados ao fumo, como o cafezinho no meio da tarde, o consumo de álcool e situações estressantes".

Outras dicas importantes são:

- "Ficar próximo à tentação nos primeiros dias sem cigarro pode ser muito difícil", afirma a psicóloga Laura de Hollanda Batitucci Campos, das Clínicas Oncológicas Integradas (COI). Ela sugere ainda evitar consumir bebidas alcoólicas, já que beber está intimamente ligado ao hábito de fumar. "Com o tempo fica mais fácil conviver com outros fumantes", diz.


- Mude a rotina e se distraia com atividades que exijam concentração e que, de preferência, mantenham boca e mãos ocupadas. Quando sentir que está passando por um pico de vontade, levante e vá escovar os dentes, beba um copo de água, faça alongamento ou mastigue alguma coisa (de preferência leve e saudável, para evitar o aumento de peso e a errônea ideia de que parar de fumar engorda).

FONTE: GNT e MINHA VIDA

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

O que você precisa saber sobre o câncer de esôfago

O esôfago é um órgão do aparelho digestivo localizado entre a faringe e o estômago e que se estende por 25 centímetros. Trata-se de um tubo muscular essencial para o processo de digestão, responsável por conduzir o alimento da boca até o estômago.

O câncer de esôfago é uma doença em que as células malignas começam a se desenvolver no revestimento interno do órgão.

No Brasil, o câncer de esôfago é o 6º mais frequente entre os homens e o 15º entre as mulheres. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2014 foram registrados, ao todo, cerca de 10.780 novos casos de câncer de esôfago, sendo 8.010 homens e 2.770 mulheres.

Segundo o último levantamento do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), em 2011, o Brasil registrou 7.636 mortes em razão da doença naquele ano, sendo 5.961 homens e 1.675 mulheres.

Tipos
Existem dois tipos principais de câncer de esôfago: o carcinoma epidermoide escamoso, responsável por cerca de 96% dos casos, e adenocarcinoma. Há também alguns tipos mais raros, com incidência menor que 1%: linfomas, sarcomas, carcinomas de células pequenas e tumores adenoides císticos. Eles diferem tanto quanto à morfologia e localização quanto às causas.

Carcinoma epidermoide escamoso
É o tipo responsável por quase a totalidade dos casos de câncer de esôfago. A doença se desenvolve na região superior ou média do músculo e tem origem nas células escamosas, como o próprio nome indica. Suas causas mais frequentes estão relacionadas ao consumo exacerbado de álcool e ao tabagismo.

Adenocarcinoma
Este tipo de câncer surge de células glandulares, geralmente da parte inferior do esôfago, e está relacionado à doença do refluxo gastroesofágico, à obesidade e ao tabagismo.

Fatores de risco
Acredita-se que a irritação crônica do esôfago pode contribuir para as mudanças no DNA das células que revestem o órgão, levando ao câncer. Fatores que causam essa irritação e que, portanto, aumentam o risco de câncer de esôfago incluem:

- Ingestão exacerbada de bebidas alcoólicas;

- Refluxo biliar;

 - Acalasia;

- Ingestão de líquidos muito quentes;

- Adotar uma dieta pobre em frutas e verduras;

- Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE);

- Obesidade;

- Esôfago de Barrett;

- Radiação na região do peito ou do abdômen superior;

- Tabagismo;

- Tilose;

- Síndrome de Plummer-Vinson.

Sintomas
Em sua fase inicial, o câncer de esôfago não apresenta quaisquer sinais ou sintomas. No entanto, com o progresso da doença, alguns sintomas característicos deste tipo de câncer começam a aparecer, como:

- Dificuldade ou dor ao engolir
- Dor retroesternal (atrás do osso do meio do peito)
- Dor torácica
- Sensação de obstrução à passagem do alimento
- Náuseas e vômito
- Perda de apetite.

Na maioria das vezes, a dificuldade de engolir (disfagia) é um sinal de que o câncer já se encontra em estado avançado. Por causa dos sintomas, é comum que os pacientes percam muito peso. Casos extremos podem chegar a até 10% do peso corporal perdido.

A detecção precoce do câncer de esôfago é muito importante, já que a doença não manifesta sintomas em sua fase inicial, é bastante agressiva e progride rapidamente – podendo haver o sério risco, inclusive, de disseminação das células cancerosas para estruturas vizinhas do esôfago e para gânglios linfáticos, além do surgimento de metástases.

Diagnóstico
O diagnóstico de câncer de esôfago é feito, principalmente, a partir dos resultados obtidos numa endoscopia digestiva, exame de imagem que investiga o interior do tubo digestivo.

O médico também poderá optar por estudos citológicos (das células) e por métodos com colorações especiais para realizar o diagnóstico. Com o diagnóstico precoce, as chances de cura atingem 98%.

Na presença de disfagia para alimentos sólidos, o que provavelmente significa que a doença encontra-se em estado mais avançado, é recomendado um estudo radiológico contrastado e também uma endoscopia com biópsia ou citologia para confirmação.
Para saber o estágio do tumor, são feitos alguns exames específicos, como uma tomografia computadorizada e uma tomografia por emissão de pósitrons. Os estágios do câncer de esôfago são:

Estágio I - O câncer ocorre nas camadas superficiais das células que revestem o esôfago.

Estágio II - O câncer já invadiu camadas mais profundas da mucosa do esôfago e pode se espalhar para os nódulos linfáticos próximos.

Estágio III - O câncer se espalhou para as camadas mais profundas da parede do esôfago, para os tecidos próximos ou, ainda, para os gânglios linfáticos.

Estágio IV - O câncer se espalhou para outras partes do corpo.

Tratamento

O tratamento para câncer de esôfago pode ser feito em três abordagens distintas ou combinadas: cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Geralmente, uma combinação dos três tipos pode ser mais eficiente do que qualquer um deles isoladamente, mas o médico avaliará qual a melhor opção para cada caso. 


FONTE: MINHA VIDA

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Convivendo com um paciente oncológico: como ajudar


O diagnóstico do câncer traz consigo uma série de sentimentos confusos e de difícil compreensão, não apenas para o paciente, mas também para os familiares e amigos que desejam ajudar, mas não sabem como. As dúvidas são muitas: “o que e como falar?”, “sobre o que devemos conversar?”, “como posso ajudar?”, entre tantas outras.
Não há uma maneira certa ou errada para agir nesse momento. Aos poucos, todos (paciente, amigos e familiares) encontrarão a melhor forma de conversar de forma aberta e sincera sobre a doença. Mas sugerimos algumas que poderão ajudar:

- Busque informação
Entender um pouco sobre o câncer poderá ser útil nesse momento. Sempre que for possível, leia e aprenda algo sobre a doença e seu tratamento. Assim, você poderá compreender melhor a fase pelo qual o paciente está passando.

Cuide de sua ansiedade e procure controlá-la
É compreensível que você esteja preocupado e ansioso por notícias, sobre o avanço do tratamento e tudo mais que se refira à saúde do paciente. No entanto, é preciso se colocar no lugar da pessoa. Imagine o “bombardeio” de perguntas e questionamentos enfrentados todos os dias e quão cansativa essa rotina pode ser. Por isso, mantenha-se presente, oferecendo assistência, companhia durante as consultas e tratamentos, mas tenha empatia sempre.

- Ofereça ajuda
Durante o tratamento oncológico, são necessárias algumas mudanças e adaptações na vida de todos da família. Pergunte de que forma você pode ajudar nesse momento, lembrando que pequenas atitudes podem ser de grande valia. Fazer as compras, levar as crianças para a escola, buscar o resultado de um exame ou preparar uma refeição são gestos sempre bem-vindos.

- Ouça
Se, no momento, não houver nada que você possa fazer e, mesmo assim, deseja ser útil de alguma forma, apenas escute. Muitas vezes, ouvir o que o paciente tem a dizer ou respeitar o seu silêncio são formas de grande ajuda.

- Faça visitas
Se você deseja fazer uma visita, lembre-se: ligue antes e pergunte qual o melhor dia e horário. É importante saber que os dias após uma cirurgia são bastante difíceis por conta dos pontos e da reabilitação, assim como os dias seguintes à quimioterapia. Alguns pacientes costumam apresentar episódios de náuseas e vômitos ou se sentir muito cansados e sem ânimo para nada, inclusive para receber visitas. Seja compreensivo, se ele não puder ou quiser falar ao telefone. Com o passar dos dias, os efeitos colaterais se vão e os pacientes ficam bem mais animados, retomando a rotina de suas vidas.

- Bate papo
Alguns pacientes relatam que não aguentam mais falar sobre o câncer, seus tratamentos e demais detalhes desse assunto. Uma boa opção é você falar sobre a sua vida ou demais questões do cotidiano. O paciente poderá se sentir útil dando-lhe também algum conselho ou ajuda. Caso ele queira falar sobre a doença, e você estiver bem com isso, respeite e ouça. Desviar do assunto ou ouvi-lo sem estar à vontade é sempre pior. A sinceridade e honestidade são pontos fundamentais em qualquer relação.

- Chorar
Eventual ou frequentemente, isso pode acontecer. É importante saber que altos e baixos emocionais são comuns e que, em alguns momentos, você pode perceber que o paciente está mais fragilizado emocionalmente. Se isso acontecer, e você não souber o que fazer, ouça, mostre-se presente e deixe-o desabafar. Se não souber o que falar, fique em silêncio e lhe dê um grande abraço. Se você nesse momento  sentir vontade de chorar, chore. Não tenha medo de expressar seus sentimentos.

- Tenha cuidado ao falar
Algumas pessoas, justamente pela dificuldade em lidar com o câncer, ficam sem saber o que falar diante do paciente. Por conta disso, falam frases do tipo: “nossa, você está muito bem!”, “você está melhor do que eu imaginava!”, “você nem parece ter câncer”, “o seu cabelo já está crescendo?” ou “Você está de peruca? Nem parece”.
Essas frases podem passar a sensação de falta de verdade ao paciente e entristecê-lo. Por isso, não falte com a sinceridade e a sensibilidade nessas horas.

Outras dicas

- Não falte com a verdade dizendo que não há com que se preocupar;

- Ouça o que o paciente tem a dizer sobre seus sentimentos e medos e permita que você também os tenha;

- Caso o paciente esteja demonstrando muita raiva ou frustração, seja compreensivo e não leve para o lado pessoal, porque esses sentimentos são muito comuns em algumas fases da doença. Nessa hora, fique por perto, mesmo que seja em silêncio, e lhe dê apoio. Dessa forma, você permitirá que ele expresse seus sentimentos e reclamações e, ao ser apoiado, se sentirá melhor;

- Fique de olho aos sinais e sintomas da depressão. Se observar que o paciente está depressivo, ajude-o a encontrar um adequado suporte emocional, que pode ser um psiquiatra (caso se trate de uma depressão que precisa ser medicada) ou psicólogo. Converse com o médico que está acompanhando o caso o quanto antes;

- Entenda que o paciente poderá precisar de ajuda para fazer algumas coisas que ele costumava fazer sozinho. Inclusive, pode ser que você precise assumir algumas de suas responsabilidades;


- Lembre-se de que a alteração de paladar é um efeito colateral bastante comum durante o tratamento quimioterápico. Uma dica é você preparar comidas diferentes e servi-las em pequenas refeições durante todo o dia. Esteja pronto para fazer algumas modificações e ajustes no cardápio.

FONTE: CCANCER