terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Câncer de Olho


O câncer ocular é uma doença rara e de prognóstico desfavorável quando diagnosticado em fases avançadas. Geralmente, se origina a partir da proliferação das células malignas nas diferentes estruturas do olho.

Em adultos, a maioria dos tumores oculares são secundários ou metastáticos, ou seja, se originam em outras partes do corpo, como pulmão, mama, rim, próstata, e se disseminam pelo organismo através da corrente sanguínea e sistema linfático até as estruturas do olho.

Os dois principais tipos de câncer de olho são:

Melanoma Intraocular

O melanoma intraocular é o tipo mais comum de câncer que se desenvolve dentro do globo ocular em adultos, mas ainda é bastante raro. Os melanomas de pele são muito mais comuns do que os tumores oculares.

Os melanomas se desenvolvem a partir do pigmento produzido pelos melanócitos. Quando o melanoma se desenvolve no globo ocular, geralmente ocorre na úvea, razão pela qual estes tumores são também denominados melanoma uveal. Cerca de 90% dos tumores oculares se desenvolvem na coróide. As células da coróide produzem o mesmo tipo de pigmento dos melanócitos na pele, de modo que não é surpreendente que estas células formem, ocasionalmente, os melanomas.

Quase todos os melanomas intraoculares restantes começam na íris. Estes são os mais fáceis para o paciente e o médico perceberem, porque geralmente começam em um ponto pigmentado na íris, que está presente há muitos anos e que de repente começa a crescer. Esses melanomas geralmente têm um desenvolvimento bastante lento, e raramente se espalham para outras partes do corpo. Por estas razões, os pacientes com melanomas de íris geralmente têm um bom prognóstico.

Os melanomas intraoculares são compostos de dois tipos de células:

Células fusiformes - células longas e finas.
Células epitelióides - células arredondadas, mas com algumas arestas retas.

A maioria dos tumores é composta pelos dois tipos de células. O prognóstico é melhor se os tumores têm predominância de células fusiformes. Os tumores epitelióides são mais propensos a se disseminarem para outros órgãos, como o fígado.

Linfoma Intraocular

O linfoma é um tipo de câncer que se inicia nas células do sistema imunológico denominadas linfócitos. Os linfomas também podem originar-se em órgãos internos como estômago, pulmão e raramente nos olhos.

Existem dois tipos principais de linfoma: o linfoma de Hodgkin e o linfoma não Hodgkin. 

O linfoma intraocular é sempre um linfoma não Hodgkin. 

A maioria das pessoas com linfoma intraocular é idosa ou têm problemas no sistema imunológico, como a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). 

O linfoma intraocular é frequentemente observado juntamente com o  linfoma do cérebro, conhecido como linfoma primário de sistema nervoso central.

Cânceres Orbitais e de Anexos

Os tumores orbitais e de anexos se desenvolvem a partir de tecidos como músculos, nervos e pele ao redor do globo ocular e são como os seus homólogos de outras partes do corpo.

Para maiores informações, recomenda-se sempre procurar o médico especialista.



Fonte: OncoGuia e OncoMed BH

domingo, 25 de janeiro de 2015

Sinais e Sintomas, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Fígado

O câncer de fígado é dividido em duas categorias: o primário do fígado e o secundário ou metastático (originado em outro órgão e que atinge também o fígado). 

O termo "primário do fígado" é usado nos tumores originados no fígado, como o hepatocarcinoma ou carcinoma hepatocelular (tumor maligno primário mais frequente que ocorre em mais de 80% dos casos), o colangiocarcinoma (que acomete os ductos biliares dentro do fígado), angiossarcoma (tumor do vaso sanguíneo) e, na criança, o hepatoblastoma.

Apesar de não estar entre as neoplasias mais prevalentes, o câncer hepatobiliar requer alta complexidade no seu diagnóstico e proficiência no tratamento. Porém, de acordo com os dados consolidados sobre mortalidade por câncer no Brasil em 1999, o câncer de fígado e vias biliares ocupava a sétima posição, sendo responsável por 4.682 óbitos.
O câncer de fígado geralmente não apresenta sinais e sintomas nos estágios iniciais da doença. Em alguns casos mais avançados, a doença pode apresentar:

- Perda de peso.
- Falta de apetite.
- Sensação de plenitude na parte superior do abdome, após uma refeição leve.
- Náuseas.
- Vômitos.
- Febre.
- Fígado aumentado.
- Baço aumentado.
- Dor abdominal.
- Inchaço ou acúmulo de líquido no abdome.
- Coceira.
- Icterícia (pele e mucosas amareladas).
- Veias da barriga dilatadas e visíveis através da pele.
- Agravamento da hepatite crônica ou cirrose.
Alguns tumores hepáticos produzem hormônios que atuam em outros órgãos além do fígado e podem causar:
- Hipercalcemia (Aumento do cálcio no sangue).
- Hipoglicemia (Diminuição do açúcar no sangue).
- Ginecomastia (Aumento da mama em homens).
- Eritrocitose (Aumento dos glóbulos vermelhos do sangue).
- Altos níveis de colesterol.



Estes sintomas também estão relacionados a outras doenças, não são necessariamente sinais e sintomas exclusivos do câncer de fígado. Entretanto, existindo qualquer um desses sintomas, um médico deverá ser consultado para o diagnóstico preciso e o início do tratamento, caso necessário.

O diagnostico do câncer de fígado é realizado através de exames de imagem. A tomografia computadorizada, quando realizada com contraste endovenoso dinâmico, isto é, com cortes sem contraste, com contraste no tempo arterial, portal e supra-hepático, consegue identificar lesões neoplásicas do fígado com acuracia de 75% a 90%. Porém, lesões menores do que 3 cm têm a sua detecção prejudicada devido à isodensidade do parênquima hepático normal.

A Ressonância Nuclear Magnética (RNM) não apresenta grande diferença em relação a Tomografia Computadorizada, quanto a capacidade de identificar os tumores hepáticos primários ou metastáticos. Este exame pode definir um pouco melhor a extensão do tumor nos pacientes com cirrose hepática, assim como demonstrar os vasos principais sem a necessidade de administração de contraste venoso e diferenciar lesões císticas.

A laparoscopia permite uma visualização direta e a biópsia do tumor, além de avaliar a presença ou ausência de disseminação peritoneal. Sua eficácia aumenta quando associada à ultrassonografia videolaparoscópica, aumentando o índice de ressecabilidade dos pacientes selecionados para a laparotomia.

A colangioressonância, a colangiotomografia, a colangiografia endoscópica retrógrada ou percutânea transhepática podem ser úteis no diagnóstico e no planejamento do tratamento dos tumores, principalmente das vias biliares.

Os principais fatores de risco são a cirrose hepática, infecções pelos vírus da hepatite B e C, hemocromatose, exposição a aflatoxina, entre outros. Aqueles com diagnóstico de cirrose hepática podem se beneficiar de rastreamento com ultrassonografia e dosagem sérica de alfa-fetoproteína.

Com relação ao tratamento, o tamanho do tumor, presença ou não de cirrose no paciente são fatores importantes na escolha da decisão da melhor estratégia de tratamento. Pessoas sem cirrose podem ser submetidas a cirurgia para remover o tumor ou podem administrar tratamentos que destroem o tumor sem cirurgia, como injeção de álcool ou com o tratamento com radiofreqüência para aquecê-los a altas temperaturas. O transplante do fígado pode ser indicado naqueles casos em que há um número pequeno de lesões confinadas ao fígado e cujo tamanho não ultrapassa os 5 cm.

Fonte: Minha Vida e OncoGuia


sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Câncer de Mama em Homens – Tipos e Diagnóstico

O câncer de mama é um tumor maligno que se inicia nas células do tecido mamário. Um tumor maligno é um grupo de células cancerígenas que pode invadir os tecidos adjacentes ou se disseminar (metástase) para outros órgãos. 

O câncer de mama ocorre principalmente em mulheres, mas os homens também podem ter a doença. Muitas pessoas não percebem que os homens têm tecido mamário e podem desenvolver o câncer de mama.

 
Os principais tipos de câncer de mama são:

Carcinoma
O carcinoma é um tipo de câncer que se inicia nas células epiteliais da mama. Quase todos os cânceres de mama são carcinomas. Os carcinomas podem ser ductais ou lobulares.

Adenocarcinoma
O adenocarcinoma é um tipo de carcinoma que começa no tecido glandular (ductos e lobos).

Carcinoma In Situ
O carcinoma in situ é considerado uma fase inicial da doença, quando está confinado à camada de células onde se originou. No câncer de mama, in situ significa que as células anormais estão confinadas aos ductos (carcinoma ductal in situ ou CDIS). O carcinoma ductal in situ da mama é, às vezes, denominado como câncer de mama não invasivo ou pré-invasivo, no entanto pode tornar-se invasivo, se não for tratado. Quando as células cancerígenas estão confinadas aos lobos é denominado carcinoma lobular in situ. O carcinoma lobular in situ raramente é diagnosticado em homens.

Carcinoma Invasivo
O carcinoma invasivo é um tumor que se desenvolveu além da camada de células onde se originou. A maioria dos cânceres de mama são carcinomas invasivos, carcinomas ductais invasivos ou carcinomas lobulares invasivos.

Sarcoma
Os sarcomas são cânceres que começam nos tecidos conjuntivos, como tecido muscular, tecido adiposo ou vasos sanguíneos. Os sarcomas de mama são raros.


Diagnóstico:
Quando um homem nota um nódulo ou crescimento da mama, é recomendado procurar um médico. Como ocorre nas mulheres, além do exame físico, mamografia e eventualmente ultrassonografia de mama complementarão o diagnóstico.

A mamografia pode identificar um nódulo ou microcalcificações suspeitas, embora estas sejam mais raras nos tumores em homens do que nas mulheres.

O diagnóstico do câncer de mama somente pode ser firmado através de uma biópsia ou cirurgia, tanto nos homens como nas mulheres. A peça é avaliada pelo patologista que, com base no aspecto do tumor ao microscópio (além de análise por uma técnica denominada imunohistoquímica), consegue detectar que se trata de um câncer de mama. 

A biópsia pode ser feita com agulha grossa (chamada de core-biopsy) ou com biópsia por sucção (mamotomia).


Fonte:OncoGuia