quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Medidas de saúde e estimativas do câncer

A Agência Internacional para Pesquisa do Câncer (Iarc, na sigla em inglês), da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou o relatório "Câncer no Mundo 2014", resultado da colaboração de 250 cientistas de 40 países descrevendo múltiplos aspectos da pesquisa e controle do câncer. Baseado nas mais recentes estatísticas de incidência e mortalidade ao redor do mundo, a publicação revela quanto à incidência do câncer está aumentando e alerta para a necessidade urgente de implementação de estratégias de prevenção eficientes.

É preciso ter mais comprometimento com a prevenção e a detecção precoce da doença. O número de mortes causadas pelo câncer deve subir das estimadas 8.2 milhões anuais para 13 milhões por ano. As pessoas devem levar a sério a saúde e cuidar do bem-estar geral.

Entre os cânceres mais incidentes na população brasileira, aparece o de pele não melanoma (182 mil), próstata (69 mil); mama (57 mil); cólon e reto (33 mil), pulmão (27 mil) e estômago (20 mil). Ao todo estão relacionados na publicação os 19 tipos de câncer mais incidentes, sendo 14 na população masculina e 17 na feminina.

Medidas preventivas como manter uma alimentação balanceada, com baixo teor calórico, rica em frutas, fibras e legumes, associada a hábitos saudáveis, além da prática de atividade física, podem reduzir diversos tipos de tumores.

O câncer nas regiões por gênero

Homens

Próstata - Lidera o ranking dos mais incidentes em todas as regiões do País, sem considerar os tumores de pele não melanoma. A região mais afetada é a Sul, com 91 casos a cada 100 mil habitantes, seguida do Sudeste (88 casos por 100 mil); Centro-Oeste (63 casos por 100 mil); Nordeste (47 casos por 100 mil); e Norte (30 casos por 100 mil).

Pulmão – É o segundo mais frequente no País e nas regiões Sul (34 casos para cada 100 mil habitantes) e Centro-Oeste (14 casos por 100 mil). Já nas regiões Sudeste (19 por 100 mil), Nordeste (9 por 100 mil) e Norte (8 por 100 mil), ocupa a terceira posição.

Cólon e reto (intestino grosso) – É o terceiro mais incidente no País. Ocupa o segundo lugar na região Sudeste (23 casos por 100 mil) e a terceira posição na Região Sul (20 casos por 100 mil) e na região Centro-Oeste (12 casos por 100 mil). Na região Norte (4 casos por 100 mil),está na quarta posição. No Nordeste (6 por 100 mil), esse tipo de tumor ocupa o quinto lugar. Para esse tipo de câncer, os fatores de risco estão diretamente ligados à alimentação inadequada, ao envelhecimento, histórico da doença em parentes próximos e  descontrole do peso.

Estômago - É o quarto colocado no País. Segundo tumor mais frequente nas regiões Norte (11 casos/100 mil) e Nordeste (10 casos/100 mil). Está em quarto lugar nas regiões Centro-Oeste (11 casos/100 mil) e Sul (16 casos/100 mil) e na quinta colocação na região Sudeste (15 casos/100 mil). Outros fatores que contribuem para o surgimento desse tipo de câncer é alimentação pobre em vitaminas A e C e alto consumo de alimentos enlatados, defumados, com corantes e conservados em sal. 

Leucemias – Ocupa a quinta posição na Região Norte (4 por 100 mil). No ranking nacional, está na nona posição.

Mulheres
Mama – É tipo mais frequente nas regiões Sul (71 casos/100 mil), Sudeste (71 casos/100 mil), Centro-Oeste (51 casos/100 mil) e Nordeste (37 casos/100 mil). Na região Norte é o segundo mais incidente (21 casos/100 mil). A idade é o principal fator de risco e, o número de casos aumenta de forma acelerada após os 50 anos. Sua ocorrência está relacionada ao processo de urbanização da sociedade, evidenciando maior risco de adoecimento nas mulheres com elevado nível socioeconômico.

Cólon e reto - Segundo mais frequente no País e nas regiões Sudeste (25 casos/100 mil) e Sul (22 casos/100 mil ). É o terceiro mais incidente nas regiões Centro-Oeste (15 casos/100 mil) e Nordeste (8 casos/100 mil). Na região Norte (5 casos/100 mil) é o quarto colocado.

Colo do útero – Ocupa o terceiro lugar geral no País. Está em primeiro lugar na região Norte (24 casos/100 mil). Nas regiões Centro-Oeste (22 casos/100 mil) e Nordeste (19 casos/100 mil) ocupa a segunda posição geral. Na região Sudeste (10 casos /100 mil) é o quarto, e na região Sul (16 casos /100 mil), o quinto mais incidente. No Brasil, a estratégia de rastreamento preconizada é que as mulheres dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo (Papanicolaou) a cada três anos, após dois exames com intervalo de um ano, com resultado normal.

Pulmão - Quarto tipo mais comum no Brasil. É o terceiro mais frequente nas regiões Sul (21 casos/100 mil hab) e Sudeste (11 casos/100 mil). Nas regiões Centro-Oeste (8 casos/100 mil) e Nordeste (6 casos/100 mil) ocupa a quarta posição. No Norte (5 casos/100 mil) aparece em quinto lugar.

Estômago – É o terceiro mais incidente na Região Norte (6 por 100 mil) e o quinto no Brasil,no Nordeste (6 por 100 mil) e no Sudeste (8 casos/100 mil)

Tireoide  É o quinto colocado na classificação nacional. Na Região Sul é o quarto colocado com 16 casos novos por 100 mil habitantes. Na região sudeste aparece na sexta posição.

Ovário – É o quinto colocado na Região Centro-Oeste com 7 casos novos por 100 mil habitantes. Na classificação nacional, aparece na oitava posição.


Fonte: OMS e INCA

sábado, 13 de dezembro de 2014

Oito alimentos que podem causar câncer

Diversas pesquisas indicam que a alimentação está mais que relacionada com as doenças e patologias que sofremos diariamente.
No caso do câncer, foi comprovado que seguir uma dieta desequilibrada e repleta de química, favorece muito sua aparição. Determinados alimentos que consumimos em nosso dia a dia sem nos darmos conta, aumentam substancialmente a possibilidade de sofrermos algum tipo de câncer que provoca a morte de milhares de pessoas anualmente em todo o mundo.

Alimentos que podem causar ou agravar o câncer

Transgênicos: os organismos geneticamente modificados (GMO, em sua sigla em inglês), mais conhecidos como “transgênicos” provocam muitas doenças em nosso organismo, entre elas, a mais frequente é o câncer. Os produtos químicos que são usados para seu cultivo causam tumores. O problema é que os transgênicos estão dissimulados em todas as partes. Na maioria dos alimentos de soja, milho ou canola (e derivados), sobretudo. Se for possível, você deve evitá-los. Ao mesmo tempo, você pode optar por uma alimentação orgânica certificada e comprovada, isto é, que não utilizam biotecnologia para cultivá-los.

Carnes processadas: todos os produtos com carne, como, por exemplo, os embutidos, toucinho, salsichas, mortadelas etc., têm conservantes químicos para que pareçam mais frescos e atrativos, mas por trás disso guardam substâncias cancerígenas. O nitrito e o nitrato de sócio estão relacionados com o aumento significativo dos riscos de se desenvolver o câncer, sobretudo o de cólon.

Pipocas de microondas: as pipocas são fáceis de preparar, no entanto, a combinação dos ingredientes com as radiações do aparelho está relacionada com o câncer e a infertilidade. Ao mesmo tempo, nestas pipocas é usado o diacetilo, um composto que lhe dá sabor de manteiga (artificial), vinculado a doenças pulmonares graves. Como se fosse pouco, vários dos ingredientes usados podem conter materiais modificados geneticamente. Se você deseja desfrutar deste alimento, melhor comprar o milho e fazer você mesma em uma panela fechada e um pouco de óleo.

Refrigerantes comuns ou “diet”: Os refrigerantes podem provocar câncer, porque contêm não apenas grandes quantidades de açúcar (os que não são light), mas também produtos químicos, colorantes e aditivos. Essas bebidas “acidificam” o corpo e alimentam as células cancerosas. No caso das opções com baixas calorias, são ainda mais perigosas, já que contam com aspartamo, um edulcorante artificial que trás como consequência várias doenças, entre elas, o câncer e defeitos congênitos. Prefira sempre os sucos naturais e no melhor dos casos, água.

Farinha refinada: é a de cor branca, um ingrediente comum em muitos alimentos processados. O excesso de hidratos de carbono é o que preocupa. O consumo regular desses está relacionado ao aumento de 220% dos casos de câncer de mama nas mulheres. Ao mesmo tempo, ao alto teor de índice glicêmico, fazendo com que os níveis de açúcar no sangue aumentem rapidamente, algo que alimenta o crescimento de células cancerosas. Opte por cereais integrais (os de cor amarela ou marrom).

Açúcar refinado: o mesmo que ocorre com a farinha, o açúcar de cor branca tende a aumentar a insulina e as células cancerígenas no corpo. Tenha cuidado com os alimentos ricos em frutose, como é o caso do xarope de milho (presente em muitos produtos que compramos no mercado) que são bastante perigosos para o organismo. Evite biscoitos recheados, os bolos de confeitaria, tortas, molhos industrializados, cereais e bebidas que contenham a substância.

Óleos hidrogenados: são usados para poder conservar os alimentos processados, para que se mantenham “estáveis”. Mas em contrapartida, alteram a estrutura e a flexibilidade das membranas celulares de nosso corpo. As gorduras trans estão em uma grande quantidade de alimentos que compramos e consumimos diariamente. Ainda que muitos fabricantes estejam substituindo seu uso por alternativas mais seguras, como é o óleo de palma (ou dendê), ainda resta um grande caminho a percorrer. Como conselho, não consuma produtos cuja informação nutricional indica que têm gorduras trans.

Frutas e vegetais de produção industrial: o problema não está no alimento em si, mas na maneira como são cultivadas antes de sair para mercado. 98% das frutas e verduras estão contaminadas com pesticidas, substâncias que provocam câncer. Em primeiro lugar do ranking estão as maçãs, seguidas pelas uvas, os morangos, coentro e as batatas. Os produtos que usados nos cultivos para evitar as pragas e doenças, justamente, adoecem as pessoas que os consomem. Para evitar, escolha produtos orgânicos ou certificados como “livres de pesticidas”.

Fonte:  Melhor com saúde 



sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Dor Oncológica

A dor acomete 80% dos pacientes com câncer avançado.

Leia o artigo que saiu na Revista Dor em Destaque na edição de novembro/2014 e saiba quais são os sintomas associados à dor e os medicamentos adequados para o seu tratamento.  





quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Mitos e Verdades sobre a Mamografia

Descubra alguns mitos e verdades sobre o exame e esclareça o que é realmente verdade sobre a mamografia:


Câncer de mama não acometeu nenhum membro de minha família, por isso eu não corro risco.
É verdade que, se o câncer de mama acomete sua família, você tem maior risco de ter a doença, principalmente se sua mãe ou irmã já tiveram. Mas, a maioria das mulheres que tem câncer de mama  (85%) não tem histórico familiar da doença. Portanto, é necessário fazer o rastreamento mamográfico de qualquer maneira.

Eu sou muito jovem
O câncer de mama é o tipo mais comum em mulheres a partir dos 55 anos de idade, mas, também pode acometer mulheres jovens. É importante o acompanhamento com o exame anual para mulheres com 40 anos ou mais. A partir dos 70 anos, a frequência depende do critério médico. Para mulheres com risco aumentado, a mamografia deve ser anual a partir dos 35 anos de idade. No Brasil mulheres a partir dos 40 anos de idade, têm amparo na Lei 11664/08 para solicitar que seja feita mamografia de rastreamento, apesar da falta de recomendação formal pelo Ministério da Saúde.

A radiação é muito arriscada
A mamografia utiliza raios X para formar a imagem da mama e é utilizada para o rastreamento do câncer de mama. Como o tecido da mama é difícil de ser examinado com o uso de radiação penetrante, devido às pequenas diferenças de densidade e textura de seus componentes como o tecido adiposo e fibroglandular, a mamografia possibilita somente suspeitar e não diagnosticar um tumor maligno. A imagem é obtida com o uso de um feixe de raios X de baixa energia, após a mama ser comprimida entre duas placas. O risco associado à exposição à radiação é mínimo, principalmente quando comparado com o benefício obtido. 

Eu tenho medo do que pode ser encontrado
Não tire conclusões precipitadas. Lembre-se, 80% dos nódulos encontrados tendem a ser benignos. A mamografia também não altera nada, apenas mostra com precisão o que já está lá.

É um exame muito caro
Não. Toda paciente atendida pelo SUS não paga nada para a realização da mamografia. Todos os convênios e seguros de saúde cobrem o custo do exame. 

É muito dolorosa
A mamografia é um exame muito rápido, pode provocar em algumas mulheres, dependendo da sensibilidade individual, dor que é tolerável, o desconforto provocado pelo exame é breve. O que pode ajudar:
- Agende seus exames quando suas mamas estiverem menos sensíveis, ou seja, não agende antes da menstruação.
- Tome um analgésico antes do exame para aliviar a dor.
- Deixe que a técnica saiba que você pode estar sensível. Ela poderá assim  ser capaz de tornar o exame menos doloroso oferecendo uma experiência positiva.

Eu não tenho nódulos nas mamas
Isso é bom, mas mamografias podem encontrar pequenos tumores com tamanho de 1 milímetro até 3 anos antes de você poder senti-los. Os tumores pequenos, em estágio inicial são tratáveis e o diagnóstico precoce tem chance de até 95% de cura.

Meus seios são muito densos
A mamografia pode não ser tão eficaz na detecção de nódulos ou lesões cancerosas em mamas densas, mas também não é inútil. Se sua mamografia não está clara em função das mamas densas, poderá ser feito um segundo exame de imagem, por exemplo, ultrassom ou ressonância magnética.


Eu me alimento bem e me exercito regularmente, logo, não corro riscos

Dieta equilibrada e prática de exercícios para manter uma vida saudável podem diminuir o risco de um câncer de mama, mas não o elimina completamente. Por conta disso é muito importante a realização da mamografia a partir dos 40 anos, cuide de sua saúde, cuide de suas mamas.

Fonte: Onco Guia