O pâncreas é uma
glândula do aparelho digestivo, localizada
na parte superior
do abdome e atrás do estômago. É responsável pela produção de enzimas,
que atuam na digestão dos alimentos, e pela
insulina - hormônio
responsável pela diminuição
do nível de glicemia no sangue. A maior parte dos casos de câncer de
pâncreas localiza-se na região da cabeça
do órgão. O
risco de desenvolver
o câncer de
pâncreas aumenta após os
50 anos de
idade, principalmente na faixa entre 65
e 80 anos, havendo uma maior incidência no sexo
masculino. A maior parte dos casos da doença é diagnosticada em fase avançada,
e, portanto, é tratada para fins paliativos. O câncer de pâncreas é raro antes
dos 30 anos de idade, sendo mais comum a partir dos 60 anos. Segundo
a União Internacional
Contra o Câncer
(UICC), os casos
da doença aumentam com o avanço da idade.
Sintomas
O câncer
de pâncreas não
apresenta sinais específicos,
o que dificulta
o diagnóstico precoce. Os
sintomas dependem da
região onde está
localizado o tumor,
e os mais comuns
são a inapetência
, perda de
peso, desconforto abdominal,
coloração amarelada da pele e mucosas (icterícia), dor na região
anterior do abdome e região lombar.
Diagnóstico
O diagnóstico é
realizado através do relato dos sintomas e de exames de laboratório, como de
sangue, fezes e
urina. Outros exames
podem ser solicitados,
como: tomografia computadorizada do
abdome; ultra-sonografia abdominal;
ressonância nuclear de vias
biliares e da região do pâncreas; e também a biópsia do tecido.A localização
do pâncreas na
cavidade mais profunda
do abdome, atrás
de outros órgãos, dificulta
a detecção precoce
do câncer de
pâncreas. O tumor normalmente desenvolve-se
sem sintomas, sendo
difícil diagnosticá-lo na
fase inicial. Quando detectado, já pode estar em estágio
muito avançado.
Tratamento
A cura do câncer de
pâncreas só é possível quando este for detectado em fase inicial. Nos casos
passíveis de cirurgia,
o tratamento mais
indicado é a
ressecção, dependendo do
estágio do tumor.
Em pacientes cujos
exames já mostraram metástases à
distância ou estão
em precário estado
clínico, o tratamento
paliativo imediato mais indicado
é a colocação
de endo-prótese. A
radioterapia e a quimioterapia, associadas
ou não, podem
ser utilizadas para
a redução do
tumor e alívio dos sintomas.
Entre os
fatores de risco,
destaca-se principalmente o
tabagismo. Os fumantes possuem três
vezes mais chances
de desenvolver a
doença do que
os não fumantes. Dependendo da
quantidade e do
tempo de consumo,
o risco fica
ainda maior. Outro fator de risco é o consumo excessivo de
gordura, de carnes e de bebidas alcoólicas. Como também
a exposição a
compostos químicos, como
solventes e petróleo, durante longo
tempo. Há um
grupo de pessoas
que possui maior
chance de desenvolver a
doença, e estas
devem estar atentas
aos sintomas. Pertencem
a este grupo indivíduos
que sofrem de
pancreatite crônica ou
de diabetes melitus,
que foram submetidos a cirurgias de úlcera no estômago ou duodeno ou
sofreram retirada da vesícula biliar. Estima-se em 15% a predisposição genética
para origem do câncer de pâncreas. Ha ainda
algumas síndromes como
pancreatite hereditária, câncer
de cólon hereditário não
polipóide, câncer de
mama familiar (com
mutação do gene BRCA
2), síndrome de
Peutz-Jeghers, melanoma associado
e nevo-múltiplo e síndrome da teleangectasia-ataxia , as
quais estão relacionadas a agregação familiar do câncer de pâncreas.
Prevenção
Algumas medidas
preventivas podem ser
adotadas, como evitar
o consumo de derivados do tabaco
e a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas e adotar uma dieta balanceada com
frutas e vegetais.
Para indivíduos submetidos
a cirurgias de úlcera no estômago ou duodeno ou que sofreram retirada da vesícula
biliar, recomenda-se a realização
de exames clínicos
regularmente, como também
para aqueles com histórico
familiar de câncer.
Pessoas que sofrem
de pancreatite crônica
ou de diabetes melitus devem
também fazer exames periódicos.