sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Câncer de Pâncreas

O pâncreas é uma glândula do aparelho  digestivo,  localizada  na  parte  superior  do abdome e atrás do estômago. É responsável pela produção de enzimas, que atuam na digestão dos alimentos, e pela  insulina  -  hormônio  responsável  pela  diminuição  do nível de glicemia no sangue. A maior parte dos casos de câncer de pâncreas localiza-se na região  da  cabeça  do  órgão.  O  risco  de  desenvolver  o  câncer  de  pâncreas aumenta  após  os  50  anos  de  idade,  principalmente  na  faixa  entre  65  e  80  anos, havendo uma maior incidência no sexo masculino. A maior parte dos casos da doença é diagnosticada em fase avançada, e, portanto, é tratada para fins paliativos. O câncer de pâncreas é raro antes dos 30 anos de idade, sendo mais comum a partir dos 60 anos.  Segundo  a  União  Internacional  Contra  o  Câncer  (UICC),  os  casos  da doença aumentam com o avanço da idade.

 Sintomas
O  câncer  de  pâncreas  não  apresenta  sinais  específicos,  o  que  dificulta  o  diagnóstico precoce.  Os  sintomas  dependem  da  região  onde  está  localizado  o  tumor,  e  os  mais comuns  são  a  inapetência  ,  perda  de  peso,  desconforto  abdominal,  coloração amarelada da pele e mucosas (icterícia), dor na região anterior do abdome e região lombar.

Diagnóstico
O diagnóstico é realizado através do relato dos sintomas e de exames de laboratório, como  de  sangue,  fezes  e  urina.  Outros  exames  podem  ser  solicitados,  como: tomografia  computadorizada  do  abdome;  ultra-sonografia  abdominal;  ressonância nuclear de vias biliares e da região do pâncreas; e também a biópsia do tecido.A  localização  do  pâncreas  na  cavidade  mais  profunda  do  abdome,  atrás  de  outros órgãos,  dificulta  a  detecção  precoce  do  câncer  de  pâncreas.  O  tumor  normalmente desenvolve-se  sem  sintomas,  sendo  difícil  diagnosticá-lo  na  fase  inicial.  Quando detectado, já pode estar em estágio muito avançado.

Tratamento  

A cura do câncer de pâncreas só é possível quando este for detectado em fase inicial. Nos  casos  passíveis  de  cirurgia,  o  tratamento  mais  indicado  é  a  ressecção, dependendo  do  estágio  do  tumor.  Em  pacientes  cujos  exames    mostraram metástases  à  distância  ou  estão  em  precário  estado  clínico,  o  tratamento  paliativo imediato  mais  indicado  é  a  colocação  de  endo-prótese.  A  radioterapia  e  a quimioterapia,  associadas  ou  não,  podem  ser  utilizadas  para  a  redução  do  tumor  e alívio dos sintomas.

Entre  os  fatores  de  risco,  destaca-se  principalmente  o  tabagismo. Os  fumantes possuem  três  vezes  mais  chances  de  desenvolver  a  doença  do  que  os  não  fumantes. Dependendo  da  quantidade  e  do  tempo  de  consumo,  o  risco  fica  ainda  maior.  Outro fator de risco é o consumo excessivo de gordura, de carnes e de bebidas alcoólicas. Como  também  a  exposição  a  compostos  químicos,  como  solventes  e  petróleo, durante  longo  tempo.    um  grupo  de  pessoas  que  possui  maior  chance  de desenvolver  a  doença,  e  estas  devem  estar  atentas  aos  sintomas.  Pertencem  a  este grupo  indivíduos  que  sofrem  de  pancreatite  crônica  ou  de  diabetes  melitus,  que foram submetidos a cirurgias de úlcera no estômago ou duodeno ou sofreram retirada da vesícula biliar. Estima-se em 15% a predisposição genética para origem do câncer de  pâncreas.  Ha  ainda  algumas  síndromes  como  pancreatite  hereditária,  câncer  de cólon  hereditário  não  polipóide,  câncer  de  mama  familiar  (com  mutação  do  gene BRCA  2),  síndrome  de  Peutz-Jeghers,  melanoma  associado  e  nevo-múltiplo  e síndrome da teleangectasia-ataxia , as quais estão relacionadas a agregação familiar do câncer de pâncreas.

Prevenção

Algumas  medidas  preventivas  podem  ser  adotadas,  como  evitar  o  consumo  de derivados do tabaco e a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas e adotar uma dieta balanceada  com  frutas  e  vegetais.  Para  indivíduos  submetidos  a  cirurgias  de úlcera no estômago ou duodeno ou que sofreram retirada da vesícula biliar, recomenda-se a realização  de  exames  clínicos  regularmente,  como  também  para  aqueles  com histórico  familiar  de  câncer.  Pessoas  que  sofrem  de  pancreatite  crônica  ou  de diabetes melitus devem também fazer exames periódicos. 

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Nova Parceria!

Dr. Ricardo Teixeira, diretor médico da Clínica OncoHemato, é o contato no Brasil da Advanced Surgery.

Trata-se de uma Clínica de Cirurgia Oncológica e Oncologia Ginecológica, localizada em Barcelona, Espanha.



sexta-feira, 12 de setembro de 2014

CÂNCER DE COLO DO ÚTERO

É  o  câncer  que  se  forma  no  colo  do  útero.  Em  geral,  é  um  câncer  de  crescimento lento,  e  pode  não  ter  sintomas.  O  câncer  de  colo  uterino  é  o  câncer  mais  comum entre  as  mulheres  no  Brasil,  correspondendo  a,  aproximadamente,  24%  de  todos  os cânceres.



O que é o colo do útero?
O  colo  é  a  parte  inferior  do  útero  que  o  conecta  à  vagina.  O  colo  produz  muco  que durante uma relação sexual ajuda o esperma a mover-se da vagina para o útero. Na menstruação  o  sangue  flui  do  útero  através  do  colo  até  a  vagina,  de  onde  sai  do corpo. No período de gravidez o colo fica completamente fechado. Durante o parto o colo se abre e o bebê passa através dele até a vagina.

Quais são os sintomas?
O  quadro  clínico  de  pacientes  portadoras  de  câncer  de  colo  do  útero  pode  variar desde  ausência  de  sintomas  (tumor  detectado  no  exame  ginecológico  periódico)  até quadros  de  sangramento  vaginal  após  a  relação  sexual,  sangramento  vaginal intermitente  (sangra  de  vez  em  quando),  secreção  vaginal  de  odor  fétido  e  dor abdominal  associada  com  queixas  urinárias  ou  intestinais  nos  casos  mais  avançados da doença.

Detecção precoce
Detecção  precoce  ou  screening  para  um  tipo  de  câncer  é  o  processo  de  se  procurar um determinado tipo de câncer na sua fase inicial, antes mesmo que ele cause algum tipo  de  sintoma.  Em  alguns  tipos  de  câncer,  o  médico  pode  avaliar  qual  o  grupo  de pessoas que corre mais risco de desenvolver um tipo específico de câncer por causa de sua história familiar, por causa das doenças que já teve ou por causa dos hábitos que tem como fumar, consumir bebidas de álcool ou comer dieta rica em gorduras.

A  isso  se  chama  fatores  de  risco  e  as  pessoas  que  têm  esses  fatores  pertencem  a  um grupo  de  risco.  Para  essas  pessoas,  o  médico  pode  indicar  um  determinado  teste  ou exame para detecção precoce daquele câncer, e dizer com que frequência esse teste ou  exame  deve  ser  feito.  Para  a  maioria  dos  cânceres,  quanto  mais  cedo  (quanto mais  precoce)  se  diagnostica  o  câncer,  mais  chance  essa  doença  tem  de  ser combatida.

Qual é o teste que diagnostica precocemente o câncer de colo do útero?
O  exame  de  Papanicolau  ou  "preventivo  de  câncer  de  colo  do  útero"  é  o  teste  mais comum e mais aceito para ser utilizado para detecção precoce do câncer de colo do útero.

O câncer de colo do útero pode ser prevenido?
Sim,  prevenir  o  aparecimento  de  um  tipo  de  câncer  é  diminuir  as  chances  de  que uma  pessoa  desenvolva  essa  doença  através  de  ações  que  a  afastem  de  fatores  que propiciem  o  desarranjo  celular  que  acontece  nos  estágios  bem  iniciais,  quando apenas algumas poucas células estão sofrendo as agressões que podem transformá-las em malignas. São os chamados fatores de risco.

Nem  todos  os  cânceres  têm  estes  fatores  de  risco  e  de  proteção  identificados  e, entre  os  já  reconhecidamente  envolvidos,  nem  todos  podem  ser  facilmente modificáveis, como a herança genética (história familiar), por exemplo. O câncer de colo do útero, como a maioria dos tipos de câncer, tem fatores de risco identificáveis.  Alguns  desses  fatores  de  risco  são  modificáveis,  ou  seja,  pode-se alterar a exposição que cada pessoa tem a esse determinado fator, diminuindo a sua chance de desenvolver esse tipo de câncer. Entre esses fatores de proteção também há os que se pode modificar, expondo-se mais a eles. A prevenção do câncer de colo do útero passa por cuidados e informações sobre o uso de preservativos, a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e a orientação sexual, desestimulando  a  promiscuidade.  Em  nível  secundário  de  prevenção,  está  o exame ginecológico periódico.

Outras  doenças  sexualmente  transmissíveis  também  estão  associadas  a  esse  tumor, como  o  herpes  simples  e  o  HIV.  Por  isso,  a  prevenção  contra  doenças  sexualmente transmissíveis,  com  o  uso  de  métodos  de  barreira  e  uso  de  espermicida,  diminui  a chance de desenvolver esse tipo de tumor.


Fonte: Abcdasaude.com.br

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Se diagnosticado no início, câncer de pele tem grandes chances de cura

O câncer de pele é um dos mais comuns. Existem três tipos: o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma. Os dois primeiros representam 95% do total dos casos, porém  o  melanoma  é  o  mais  perigoso  e  com  maior  risco  de  morte  já  que pode causar metástase.

No entanto, a gravidade do  melanoma  geralmente  se  dá  por  causa  do  diagnóstico tardio – se descoberto no início, há praticamente 100% de chances de cura. Porém, se diagnosticado tardiamente, tende a  se  espalhar  para  outras  partes  do  corpo  em  um processo  chamado  metástase.  Ele é bem mais  raro  que  os  carcinomas  baso  e espinocelular, mas é uma doença bem mais grave. Em caso de suspeita de melanoma, seu médico irá perguntar quando a mudança em sua pele surgiu, se ela aumentou de tamanho ou mudou de aparência, se alguém mais em sua família teve câncer de pele e sobre a sua exposição aos fatores de risco.

 O especialista deverá também observar tamanho, forma, cor, textura da lesão, se ela sangra ou descama. Ele vai checar se há outras manchas e pintas suspeitas e verificar se  há  inchaço  dos  linfonodos  (gânglios  linfáticos),  do  pescoço,  axilas,  virilha,  que pode indicar que o melanoma se espalhou. A confirmação ou não do diagnóstico de câncer de pele é feito através de uma biópsia, a  retirada  de  uma  amostra  de  tecido  que  vai  ser  analisada  ao microscópio.  Existem  vários  tipos  de  biópsia,  e  a  opção  vai  depender  do tamanho e da localização da lesão no corpo.

Se  detectado  no  início,  o  câncer  pode  ser  tratado  cirurgicamente,  mas  em  casos  de metástase, o tratamento é sistêmico. Mesmo depois de tratado, no entanto, ele pode voltar.  Nos  casos  de  melanoma,  a  escolha  do  tratamento  vai  depender  basicamente da  espessura  do  tumor  e  de  seu  estadiamento. Uma  das  opções  de  tratamento, inclusive,  é  a  imunoterapia.  Nesse  caso,  são  usadas  injeções  e  comprimidos  e,  nos últimos anos, esse procedimento tem trazido bons resultados. Entre as pessoas que correm mais risco de ter a doença, estão as de pele clara, olhos azuis  ou  verdes,  cabelos  ruivos  ou  loiros,  as  que  têm  casos  na  família,  com  muitas pintas  no  corpo  e  que  tiveram  queimaduras  solares  antes  dos  15  anos  de  idade.  Há ainda  o  risco  de  surgir  uma  pinta  no  pé,  que  pode  ser  um  sinal  de  melanoma, especialmente para quem tem a pele negra. Nesse caso, é bom procurar um médico para avaliar a necessidade de retirar a pinta.

Outro período que pode aumentar o risco é a gravidez, acredita-se por causa da ação dos  hormônios.  Nessa  fase,  as  pintas  mudam  por  causa  do  estiramento  da  pele  e começam  a  apresentar  outra  forma  e  uma  cor  mais  escura.  Por  isso,  mulheres  que têm muitas pintas devem procurar um dermatologista antes de engravidar para que o médico faça um acompanhamento durante os 9 meses.

Como  prevenção  as  principais  recomendações  são  o  uso  de  filtro  solar  e  chapéu  ou boné,  alem  de  procurar  estar  sempre  com  roupas  (  de  preferência  roupas  de  cor escura ) quando exposto ao sol, mesmo em dias nublados. O ideal é evitar o sol, mas, caso  vá  se  expor,  que  seja  antes  das  10  horas,  ou  à  tarde,  depois  das  16  horas, sempre  usando  filtro  solar  (fator  15,  no  mínimo),  chapéu  e  óculos  escuros.  O  filtro solar  deve  ser  usado  no  dia-a-dia,  principalmente  em  áreas  do  corpo  expostas, durante passeios, caminhadas, exercícios ao ar livre. alem do uso de protetor labial. Com as crianças, deve-se ter maior cuidado, uma vez que a exposição em excesso ao sol nos primeiros 20 anos de vida é vital  para o aparecimento de câncer de pele na meia-idade. O uso de  óculos escuros ajuda a proteger a pele delicada da região dos olhos. Outra  medida  importante  é  observar  as  pintas  no  corpo.  No  caso  dos  outros tipos  de  câncer,  o  carcinoma  basocelular  ou  carcinoma  espinocelular,  o  sinal  de alerta  é  uma  lesão  que  não  cicatriza  em  28  dias,  período  que  a  pele  leva  para  se regenerar.

O  câncer  de  pele  tem  alto  percentual  de  cura  caso  diagnosticado  e  tratado precocemente. Por isso a enorme importância de diagnosticar a doença. Procurar um serviço especializado de Oncologia Medica e/ou Dermatologia cutânea se:  você  já  teve  melanoma;  se   voce  tem  historia  na  sua  família  de  melanoma,  você teve  melanoma  quando  jovem,  você  apresenta  tipo  de  pinta  chamada  nevus displásico ou atípico.


Fonte: Globo.com/bemestar / Instituto Nacional de Cancer - INCA-RJ