domingo, 25 de janeiro de 2015

Sinais e Sintomas, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Fígado

O câncer de fígado é dividido em duas categorias: o primário do fígado e o secundário ou metastático (originado em outro órgão e que atinge também o fígado). 

O termo "primário do fígado" é usado nos tumores originados no fígado, como o hepatocarcinoma ou carcinoma hepatocelular (tumor maligno primário mais frequente que ocorre em mais de 80% dos casos), o colangiocarcinoma (que acomete os ductos biliares dentro do fígado), angiossarcoma (tumor do vaso sanguíneo) e, na criança, o hepatoblastoma.

Apesar de não estar entre as neoplasias mais prevalentes, o câncer hepatobiliar requer alta complexidade no seu diagnóstico e proficiência no tratamento. Porém, de acordo com os dados consolidados sobre mortalidade por câncer no Brasil em 1999, o câncer de fígado e vias biliares ocupava a sétima posição, sendo responsável por 4.682 óbitos.
O câncer de fígado geralmente não apresenta sinais e sintomas nos estágios iniciais da doença. Em alguns casos mais avançados, a doença pode apresentar:

- Perda de peso.
- Falta de apetite.
- Sensação de plenitude na parte superior do abdome, após uma refeição leve.
- Náuseas.
- Vômitos.
- Febre.
- Fígado aumentado.
- Baço aumentado.
- Dor abdominal.
- Inchaço ou acúmulo de líquido no abdome.
- Coceira.
- Icterícia (pele e mucosas amareladas).
- Veias da barriga dilatadas e visíveis através da pele.
- Agravamento da hepatite crônica ou cirrose.
Alguns tumores hepáticos produzem hormônios que atuam em outros órgãos além do fígado e podem causar:
- Hipercalcemia (Aumento do cálcio no sangue).
- Hipoglicemia (Diminuição do açúcar no sangue).
- Ginecomastia (Aumento da mama em homens).
- Eritrocitose (Aumento dos glóbulos vermelhos do sangue).
- Altos níveis de colesterol.



Estes sintomas também estão relacionados a outras doenças, não são necessariamente sinais e sintomas exclusivos do câncer de fígado. Entretanto, existindo qualquer um desses sintomas, um médico deverá ser consultado para o diagnóstico preciso e o início do tratamento, caso necessário.

O diagnostico do câncer de fígado é realizado através de exames de imagem. A tomografia computadorizada, quando realizada com contraste endovenoso dinâmico, isto é, com cortes sem contraste, com contraste no tempo arterial, portal e supra-hepático, consegue identificar lesões neoplásicas do fígado com acuracia de 75% a 90%. Porém, lesões menores do que 3 cm têm a sua detecção prejudicada devido à isodensidade do parênquima hepático normal.

A Ressonância Nuclear Magnética (RNM) não apresenta grande diferença em relação a Tomografia Computadorizada, quanto a capacidade de identificar os tumores hepáticos primários ou metastáticos. Este exame pode definir um pouco melhor a extensão do tumor nos pacientes com cirrose hepática, assim como demonstrar os vasos principais sem a necessidade de administração de contraste venoso e diferenciar lesões císticas.

A laparoscopia permite uma visualização direta e a biópsia do tumor, além de avaliar a presença ou ausência de disseminação peritoneal. Sua eficácia aumenta quando associada à ultrassonografia videolaparoscópica, aumentando o índice de ressecabilidade dos pacientes selecionados para a laparotomia.

A colangioressonância, a colangiotomografia, a colangiografia endoscópica retrógrada ou percutânea transhepática podem ser úteis no diagnóstico e no planejamento do tratamento dos tumores, principalmente das vias biliares.

Os principais fatores de risco são a cirrose hepática, infecções pelos vírus da hepatite B e C, hemocromatose, exposição a aflatoxina, entre outros. Aqueles com diagnóstico de cirrose hepática podem se beneficiar de rastreamento com ultrassonografia e dosagem sérica de alfa-fetoproteína.

Com relação ao tratamento, o tamanho do tumor, presença ou não de cirrose no paciente são fatores importantes na escolha da decisão da melhor estratégia de tratamento. Pessoas sem cirrose podem ser submetidas a cirurgia para remover o tumor ou podem administrar tratamentos que destroem o tumor sem cirurgia, como injeção de álcool ou com o tratamento com radiofreqüência para aquecê-los a altas temperaturas. O transplante do fígado pode ser indicado naqueles casos em que há um número pequeno de lesões confinadas ao fígado e cujo tamanho não ultrapassa os 5 cm.

Fonte: Minha Vida e OncoGuia


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